Assessoria de imprensa não é propaganda





* Juvenal Azevedo - Fundador e Diretor da JAC


As empresas que se utilizam de sites na internet e de anúncios em jornais e revistas demonstram que dão o devido valor à comunicação social, de modo a divulgar sua marca, seus produtos e seus serviços.
Mas, além de fazer publicidade ou propaganda, uma boa forma de complementar a comunicação é a utilização de um programa de assessoria de imprensa, visando obter a veiculação gratuita de reportagens, notícias e entrevistas em jornais, revistas, rádio, televisão e internet, ajudando a criar uma imagem diferenciada e superior tanto para a empresa quanto para seus produtos. Como dizia o inesquecível e genial publicitário David Ogilvy (foto), «procure dar sempre um bilhete de primeira classe para o seu produto».
A propósito da eficácia custo x benefício em relação ao trabalho de uma boa empresa de assessoria de imprensa, basta nos lembrarmos de estudo realizado em 2001 por uma entidade empresarial de São Paulo, onde se comprovou que, a cada real destinado à assessoria, resultava um ganho de veiculação de 9 a 40 vezes o valor aplicado. Trocando em miúdos, cada real pago a uma assessoria de imprensa correspondia, em centimetragem na mídia impressa ou em secundagem na mídia eletrônica, a dez, vinte e até quarenta vezes o seu valor a preços de tabela dos veículos.
Mas é importante deixar claro que a veiculação de noticiário grátis nos veículos de comunicação é apenas a parte visível do iceberg no trabalho de uma assessoria de imprensa, já que tão ou mais importante é efetuar uma autêntica parceria com seu cliente, de maneira a estabelecer metas e objetivos a curto, a médio e a longo prazos. E sempre em sintonia com os programas de propaganda e promoção, procurando unificar a linguagem e os signos da comunicação social como um todo. Assessoria de imprensa não visa obter espaços gratuitos na mídia, substituindo a propaganda ou publicidade, pois trata-se de distintas ferramentas de comunicação social, cada uma funcionando independentemente da outra e somando-se para a obtenção de melhores resultados para a empresa-cliente. Fazer ver isto a seu cliente é uma boa maneira de iniciar um relacionamento profissional amistoso e duradouro com o mesmo. Como se costuma dizer, cada macaco no seu galho: propaganda é propaganda, assessoria de imprensa é assessoria de imprensa.
A assessoria de imprensa é adequada para ajudar a divulgar a política empresarial do cliente e suas preocupações sociais, econômicas e ambientais, colaborando, dessa forma, para melhorar sua imagem de marca junto a seus clientes, possíveis clientes, formadores de opinião, meios financeiros e governamentais. Não está comprometida em promover vendas, embora, muitas vezes, a divulgação correta acabe resultando em melhorias no marketing share.
Já a publicidade ou propaganda tem por objetivo a promoção de vendas ou o estímulo à compra, mas, dependendo dos meios e das mensagens utilizadas, colabora também para a formação e melhoria da imagem da empresa.
Tanto uma quanto outra têm em comum o fato de que não são uma panacéia ou remédio milagroso para ser dado a doentes terminais em lugar da extrema unção. Ambas exigem continuidade, ou seja, a incorporação ao budget da empresa de uma verba permanente de comunicação visando obter efeito cumulativo com resultados também a médio e a longo prazo. Como costumamos dizer, na comunicação a continuidade é a alma do negócio.

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